terça-feira, 12 de março de 2013



A Geração de 1930

· O pensamento sociológico desponta na década de 1930 com o questionamento do Brasil verdadeiro em oposição ao Brasil colonizado e estudado sob a visão europeia.
· Desenvolvimento do nacionalismo com o sentimento de unir as diversas camadas sociais em torno de questões internas com intuito de proteger a economia nacional.
· A valorização do cientificismo como forma de conhecer e explicar a nação.
· Nesse período destaca os intelectuais Caio Prado Junior, Gilberto Freire, Sergio Buarque de Holanda e Fernando de Azevedo.
· Fundação da escola livre de Sociologia e Política Ciências e Letras de São Paulo.


Institucionalização do Ensino e
Divulgação da sociologia

· Com a mudança da estrutura econômica (de agrária para industrialização) impulsionou o surgimento de diversas profissões devido a redefinição da divisão
social do trabalho.

· Os antigos bacharéis de direito, engenharia e medicina com conhecimentos gerais de ciências sociais e humanas foram encaminhadas para o funcionalismo publico.
· O desenvolvimento das ciências social foi dificultado devido a relação que mantinha com a formação de quadros para o serviço publico.
· Procurou iniciar o estudo sistemático da sociologia, opondo-se ao caráter genérico de “humanidade” que adquiriu na formação de engenheiros médicos, advogados, bem como diferenciar esse conhecimento e pragmatismo, daquele apropriado pelo Estado.
· Esta definição foi primordial para formação de um grupo de sociólogos que passará a desenvolver suas pequenas no fim da década de 1940 com Florestan Fernandes, Maria Isaura Pereira de Queiroz, Antonio Candido de Mello, Souza e outros.

O Integralismo e a Intelectualidade de Direito


· O movimento de 1930 não fez surgir apenas pensadores de influencia de esquerda (critica ao sentido), mas também os de direita.
· O principal fundador dessa corrente foi Plínio Salgado que ira com desconfiança o movimento modernizador da sociedade.
· Suas ideias conservadoras exaltavam a ordem, a disciplina e a tradição bem como autoritarismo do Estado.


A década de 1940

· Após a 2ª Guerra acontece a busca para estabilização da economia e o avanço da industrialização dos países chamado de 3º mundo
· A industrialização transformou as relações entre classes , entre regiões (Processava-se a aceleração no êxodo rural e o trabalho agrícola perdia sua importância com relação a indústria)
· Nesse processo de mudança ocorria inúmeros conflitos , e o pensamento sociológico procurava dar conta da transformação (conflitos de raças, condições do imigrante e migrante nacional)
· A preocupação sociológica pós 2ª guerra era o despertar da consciência e o resgate das raízes e origens das tradições do país ameaçados de se perderem no confronto Brasil industrial
· O pensamento sociológico em 1940 tinha o objetivo de pensar a nação brasileira e desenvolvendo a consciência crítica sobre a realidade da nação (análise sobre desigualdade sociais, étnicas , políticas , regionalismo, tradições )
· Os pesquisadores brasileiros se interessavam por aquilo que nos aproximava da Europa e os europeus , ao contrário, dedicavam-se ao estudo daquilo que nos afastava deles

A década de 1950

· A sociologia brasileira volta-se para si mesma , passa a se dedicar a questões próprias e distanciada dos problemas focados pelos países desenvolvidos
· A década de 1950 é marcada por dois grandes pensadores : Florestan Fernandes e Celso Furtado

Período de 1964


· As Ciências sociais foram responsáveis pela elaboração de teorias que denunciavam desigualdades sociais, as relações de domínio e opressão
· Responsável também pelo desenvolvimento de um saber crítico e revelador dos conflitos sociais (herança do pensamento francês)
· Os estudos buscavam a conscientização da população e a luta pelo desenvolvimento de formas mais democrática e igualitária de vida social desde os estudos voltados para ação sindical até os que procuravam introduzir mudanças na Educação
· A sociologia refletia a opção por uma ideologia revolucionária tendo em vista à dependência do Brasil em relação ao imperialismo norte americano (permitindo assim que as críticas de cientistas e intelectuais ultrapassassem os muros das universidades)·· Em 1964 , com a ditadura, a sociologia sofreu um duro golpe , ocorre o choque entre regime militar e estudantes (manifestações , ocupações de prédios , passeatas , espancamento, prisões, mortes)
· Em 1968 , com a implantação legal da ditadura , nomes ligados a sociologia no Brasil foram aposentados e impedidos de lecionar e muitos foram exilados



 

 

segunda-feira, 4 de março de 2013

BEM VINDOS

Aqui vocês terão todo conteúdo de Sociologia, façam bom proveito.






Os estudos do pensamento sociológicos têm como base o processo das condições sócio-histórico do capitalismo na Europa a partir do Renascimento, o qual apresenta a “Sociologia” com objetos, conceitos e métodos próprios de analise.

No Brasil, o processo de sistematização do pensamento sociológico obedece às condições de desenvolvimento do capitalismo (refletindo, portanto, a situação colonial, a herança da cultura jesuítica e o lento processo de formação do Estado Nacional).

Cultura Colonial
. Implantação da cultura europeia no Brasil promovido pelas ordens religiosas (jesuítas que exerceram por três séculos, monopólio sobre educação).
· Os jesuítas imbuídos de um espírito contra reformista introduziram um sistema misto de exploração do trabalho indígena combinado com o ensino religioso quase aniquilou a cultura nativa.
· A catequese e a evangelização foram um importante instrumento de colonização.
· A forma de cultura tratou de subordinar a colônia (Brasil) dos interesses de Portugal e da Igreja.
· Implantou uma cultura sob-base religiosa e de pouco pragmatismo retardando a forma de pensar cientifica.
· A cultura religiosa trouxe como reflexões e efeito a aculturação indígena e a submissão da população escrava.
Havia uma destruição dinástica entre camadas cultas aqueles que se dedicavam ao saber e aqueles responsáveis pelo trabalho braçal (saber intelectual e não cientifico) lembrando que a maior parte da população era escrava.

A Cultura e as Classes Intermediarias no Século XVIII
· No século XVIII, a mineração provocou um aumento radical de urbanização, o desenvolvimento comercial e de exportação, fatores que alteraram a sociedade colonial (dividida em dois grandes grupos _donos de terras e escravos, índios).
· No período de mineração e composição da população mudou, a população livre mais numerada que escrava.
· Essa camada livre e sem propriedades torna –se consumidora da cultura europeia (francesa) buscando criar uma identidade nova que a difere dos escravos incultos como da Elite Colonial Conservadora.
· O grupo emergente (livre) contou com as ordens religiosa (seminário de marianas 1750 em Minas Gerais o qual era progressista e se encarregou de formar profissionais entre):
- padres
- funcionários civis
- militares e comerciantes

· Houve destaque nas artes e na musica onde vários compositores se destacaram, apenas no campo cientifico a produção era mínima.

A Cultura da Corte e o Século XIX
A corte joanina foi transferida para o Brasil em 1808 introduzindo na colônia a cultura portuguesa da época, resultante da influencia do humanismo francês.
· - Houve criação de Academia de Belas Artes
- Fundação da Imprensa
-Lançamento da primeira biblioteca e dos primeiros
cursos superiores romperam em parte com a cultura escolástica.
Intelectuais dispostos a servir a Corte e as classes dominantes apesar de um conhecimento mais voltado a praticidade continuava uma cultura alienada ditada pelas normas europeias.
· O diploma concorria com o titulo de proprietários de terras formando um grupo de letrados portadores de um conhecimento jurídico e descritivo, sem qualquer conteúdo critico (exercido por professores, jornalistas e funcionários públicos).
· A sociedade começava a ser um objeto de analise na produção intelectual e artística, isso acontecia segundo preceitos estrangeiros e não sob olhar de entender nome povo (escritores como Aluisio Azevedo, Tobias Barretos, Rui Barbosa, despontavam e faziam criticas a sociedade).

O Advento da Burguesia
A formação da burguesia nacional e o desenvolvimento da atividade comercial e de exportação revolucionaram o modo de pensar no Brasil.
· A nova classe necessita de um saber mais pragmático capaz de transformar colônia em uma nação capitalista.
· Para combater a oligarquia agrária era preciso instruir e emancipar as camadas populares de maneira a desenvolver necessidades e atitudes políticas.
· Verifica-se uma tentativa de ruptura com a herança cultural do passado, procura combater o analfabetismo, criar sentimento de patriotismo (que levasse a mudanças reais da sociedade)
E homogeneizar os valores e o discurso
· Procurava repudiar todo traço do colonialismo e importação cultura.
· O nacionalismo expressava o desejo de se conhecer realmente a nação e de conclamar as diversas classes sociais e exercer seu papel transformador da realidade.
· Esse movimento revolucionário da sociedade e da cultura reorientou o pensamento social, traduzido nos estudos históricos, na critica literária ou na analise sociológica.
· Nas primeiras décadas do século XX (o movimento modernista nas artes, na literatura, fundação do partido comunista, movimento-tenentista, é coluna Prestes que lutava pela moralização e modernização do sistema político brasileiro, propondo o fim da política café com leite. Essas ideias encontraram ampla repercussão nas camadas medias urbana).
· Podemos dizer que desde o final do século XIX existiu no Brasil uma forma de pensamento sociológico desenvolvido por Euclides Cunha.